terça-feira, 30 de setembro de 2008
Seis da tarde.
Eis-me aqui; novamente a caminhar pelo mesmo círculo doente de todas as noites.
Solidão, desapego, medo. Medo?
Talvez fosse tudo que eu queria sentir.
O medo tem cor, seja de sangue ou de céu. O medo tem cheiro, seja de flor ou de pólvora.
Qualquer pseudo-sentimento seria melhor que essa coisa branca, insípida e pegajosa que guardo aqui dentro.
Mas não, senhores. Não a tirem de mim. A dor seria equivalente a de um braço, que uma vez amputado, dói para sempre.
Dor-fantasma. Pulsante mesmo após vinte anos.
Beber? Cheirar? Ou suportar lúcida e amargamente o peso de uma (quase) vida?
Assim, eu vou. Com o sorriso costurado a arame farpado e a podridão interna maquiada com perfume francês.
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7 comentários:
que dor egoita, parece que nao deixa espaço pra outras...¬¬
Uau.
Achei lindo. A dor tem sua beleza, por mais doída que seja, meu bem.
Gostei daqui.
Beijos
Excelente. Se for de sua autoria este conto, deveria enviá-lo a concursos literários. Eu, pessoalmente, gostei muito. Faço parte do projeto Nova Coletânea que tem uma comunidade no orkut e um blog também. Acabamos de lançar um livro em conjunto. Se interessar pode me acessar pelo e-mail: brunoteenager@gmail.com
www.novacoletanea01.blogspot.com
Abraços
Animal o post. Gostei mesmo... toda dor tem sua beleza.
te amo.
eu namoro uma linda escritora.
eu namoro essa flor-em-dor que espeta os pontos mais doces de minh'alma com agulha branca e letras negras.
É um prazer visitar teu novo espaço.
É um prazer visitar teu canto vermelho.
estendo o tapete e é agora
a minha hora
de te aplaudir. ^^
TE AMO !
Adorei ganhar uma nova leitora. Quanto ao seu post, eu tenho um problema com posts tristes e angustiantes: eu fico com vontade de ligar pra pessoa e perguntar "Você tá bem?", o que fica difícil, pois nós nem nos conhecemos.
Escreve demais!
¬¬
kkkkkk
Passa no meu depois!
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